quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Considero-me uma pessoa que ativamente pensa em exclusões. E assistindo a um documentário (Olhos Azuis, http://www.youtube.com/watch?v=Wj51mGbPL-E&feature=related, parte 1/11; mas eu sei que vocês não terão o trabalho de assistir a todas as partes, por que dói) tive mais um choque.
Trata-se de uma professora americana, insatisfeita com as opressões existentes em seu país. Não quero levantar aqui apenas a bandeira do preconceito racial, mas algo mais profundo a isso. No caso, ela exercita com pessoas brancas e de olhos azuis o desconfortável tratamento a qual, mais espeficicamente no exercício proposto, o que sofrem negros.
Posso entrar em um caminho muito sensível, mas coisas me afetam e levam a minha escrita as vezes furiosa. O preconceito contra negro é a bandeira maior e mais apoiada, organizada e emblemática, mas mesmo assim, quais são as conquistas? Nem de longe quero passar a imagem de carente ao dizer "eu já sofri preconceito por alguma característica", mas de fato, o problema é que todos já sofreram preconceito, não quero nem de longe atenuar os problemas de preconceitos raciais, de gênero ou opção sexual, mas o que me incomoda de verdade é (não posso dizer crescente, sem ao menos ter um estudo sobre isso e mesmo assim como poderia dizer sobre o passado, sem ter vivido ele) como as pessoas julgam os outros!
Meus exemplos são pobres e se resume a mim e/ou situações relatadas através da minha visão. Cito-os para exteriorizar minhas angústias e por que penso que assim cada um pensará em suas.
Causa-me ódio as pessoas julgarem meu cabelo. Cada vez que elas criticam, sinto mais vontade de permanecer com ele, é incrível a quantidade de pessoas à minha volta que são mesquinhas a tal ponto de fazer comentários maldosos, daqueles que deixariam alguém triste, só por conta de um cabelo! Não bastasse isso, a infinidade de idiotas que julgam você por fazer Educação Física e ao mesmo tempo lamber as genitálias de um médico, mesmo você vendo tantas falhas e tantos casos de processos por erros médicos, e não serei leviano em restringir apenas a médicos, mas as pessoas julgarem conforme a profissão sendo que já vi advogados sendo presos, médicos sedando mulheres para abuso sexual, engenheiros construindo prédios com material aquém ao orçamento, professores de educação física excluindo crianças por diversos motivos. Enfim, existem MUITOS idiotas dentro de nossa sociedade e sempre existirão.
Aqueles que julgam sem ao menos dar a chance, tente, ao menos não ser um desses. Respeite as pessoas, dê valor a cada uma pela sua história. Todos passamos por dificuldades e pressões que nos fizeram ser como somos. Não julgue, viva ao lado, enriqueça a vida do outro e permita a elas fazerem o mesmo com a sua.