Depois de tempos, resolvi
escrever sobre a corrida em si, desporto mais praticado por mim, ultimamente.
O treino de hoje contou com a
presença de dois alunos e consistiu em dois longões, ou seja, em dois períodos de
treino fizemos grandes distâncias. Com isso, podemos ter um tempo para recuperações
incompletas de musculaturas e energéticas,
contudo, nem tanto para os ligamentos, pois o processo de recuperação das lesões
e ativação de mecanismos de defesa é ativado, com isto a segunda corrida pode
surgir mais lenta, mas esta é outra proposta, treinar esta regeneração,
tornando-a acelerada.
Bom, saindo dos aspectos mais
detalhistas da preparação, corro para a parte mais descritiva do treino em si.
Pela manhã, treino marcado para às
7:30, horário da Maratona em Buenos Aires (dia 7 de outubro), treino iniciado
por volta das 7:50... Com deliciosa temperatura, algo por volta de 16°, a qual nunca
antes havíamos treinado e possivelmente aquela na qual correremos a prova. O percurso
pela manhã foi todo tranquilo, passando por Taquaral, Tapetão, Rodovia Dom
Pedro, Avenida Guilherme de Campos (quase até a Unicamp), Balão da Sanasa, agradável
e nos felicitou com muitos campineiros utilizando o espaço público do Taquaral.
A preocupação era com o período da tarde.
Acontece que com este volume de
treino e como planejado, algumas situações limites seriam esperadas, coisas
como dores e cansaço.
Ao longo da tarde, tive de
trabalhar alongamentos e criogenia para evitar dores para o período da tarde. Porém,
elas apareceram logo nos primeiros metros. Dor lateral no joelho direito e panturrilha
esquerda pulsavam como os problemas que esta semana surgiram para me incomodar.
No caso das dores eram duas fontes, os problemas eram três.
Tal situação fez com que eu
lembrasse um momento importante. Há, talvez, uns três anos atrás enfrentei
reprovei em Biomecânica e tive de refazer a matéria e fiquei muito nervoso, por
conta de questões que quem fez a matéria sabe. E um ou dois dias, corri na
esteira, corri pensando “se eu não conseguir enfrentar isto, não conseguirei
passar nesta matéria”. E aquilo me fortaleceu, assim como recorrentemente vem
ocorrendo.
E hoje não foi diferente. Diante de
um daqueles momentos onde juntam alguns problemas chatinhos, fui pra segunda
parte da corrida, marcada para às 16:30, iniciada às 16:50 (obs: sem a irresponsabilidade de me
expor a lesões sérias) obstinado a superar os obstáculos. Firme e convicto de
que mais uma vez iria triunfar. Porém o início provou que seria, talvez, mais difícil
do que havia me preparado, mas seguindo um ritmo bom e ajustando as
articulações fui acelerando processos e melhorando a sensação de bem estar, com
pequenos momentos de alternância com pontuais dores. Apenas no final, faltando
cinco quilômetros para completar quinze as dores que no inicio havia, já algum
tempo atrás tinham sumido, outras surgiram.
Agora, porém, tudo está bem.
Dores pontuais de quem correu 35 km em um dia, em dois períodos, um de 20 e
outro de 15. E os problemas? Fortalecido para resolvê-los!