quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Comendo as palavras (hummm)

Alguns aspectos que interferem no nosso estilo de vida, alimentação e atividades físicas, são muito citados aqui. Claro.
Sei que tento criar pensamentos e reflexões, mas já fui mais imperativo, arrogante e impaciente. Outrora, eu achava um absurdo as pessoas não comerem apenas coisas saudáveis, culpava elas por não terem um estilo de vida mais equilibrado. Depois de muito pensar e ver, tanto na vida prática como na acadêmica, percebi primeiro que não há como culpabilizar as pessoas, em todas suas ações, principalmente por que, por exemplo, a alimentação sofre pesada influência por uma série de meios, tanto mídia (qual a primeira coisa que você pensa quando quer algo gelado? Certamente não é um suco), quanto hábitos adquiridos na infância, condição financeira, etc. Sempre achei que comer bem fosse opção apenas, mas não creio mais nisso.
Tanto comer, como mover-se, sofrem influência de sua opção; o que você gosta, quer ou pode. Mas até que ponto a gente sabe o que quer? Até que ponto querer o Mac é o que realmente queremos? Muitas vezes peço um lanche (não no necrófilo Mac) com bacon, que eu gosto sim, mas depois me arrependo tanto pelo sal absurdo que vem quanto pela digestão difícil advinda de sua ingestão. Nosso desejo não estaria limitado também ao nosso conhecimento? Parece óbvio que não queremos o desconhecido. Informação e um pouco de pensamento ajudam a nos livrar desses desejos? Não sei, mas abrem opções.
E, na próxima vez que for comer, pense um pouco antes de pedir. Só um pouco, no que você quer e coma por comer. Com tamanha relação entre comida e prazer (Natal - ceia; Páscoa - ovo de chocolate; Festa junina - docinhos; Aniversário - doces) não é fácil querer comemorar de outra maneira.