sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Repensar a prática

Diariamente - entenda ao pé dá letra - recebo pedidos para transformações físicas e sempre em curtíssimo tempo (já cheguei a ouvir em mudança para dias!), nas piores condições (alimentação indiciplinada, restrição de sono, pouca dedicação aos treinos). E me pergunto, diariamente, o que eu posso fazer para essas pessoas? Como posso enriquecer a prática delas? Como posso tirá-las desse limbo injusto da estética?
Tento, muitas vezes sem sucesso, convencer as pessoas da importância de que a prática da atividade física é algo livre e voluntário, um direito e não deve ser um dever. Mais do que isso, o objetivo da prática não deve ser UNICAMENTE a estética. Esta produz inúmeras frustrações e problemas para a motivação. Além do que, o alcance NATURAL desses objetivos quase sempre vão de encontro ao cotidiano que a pessoa tem. Procurar uma atividade que você goste é o melhor pra tudo. Com certeza. Motivação sempre. A atividade física e o profissional da educação física deve ser preparado para mais do que a parte biológica, mais ainda, de produzir esteriótipos físicos materiais.
Meu sonho e formação me levam a tentar dar mais sentido à prática de cada um. Exercitar-se e conhecer e entender sua prática dão maiores condições de gostar e permanecer na prática. A motivação deve ser renovada pela experiência em si e o entendimento dos valores empregados na mesma e não sintetizar toda uma linguagem corporal de movimentos em apenas aparência.