Combinei com mais ou menos meia dúzia de pessoas que por motivos que honestamente não julgo relevantes ou o contrário acabaram ausentando-se. Uma pena, outras provas certamente virão e estes poderão sentir o prazer do êxito psicomotor.
Em minha mente eu construí uma prova mais fácil, antes de cumprir o percurso. Logo antes a prova sentia o peso do calor. Esperei e encontrei o casal assíduo e mãe junto à filha bem preparadas, todos amigos e alunos. Devido a um pequeno atraso tivemos de ir com certa pressa para o ponto de entrada da corrida. Quanta gente! Maravilha ver tanta gente que acordou cedo, amarrou seu tênis, fez seus planos, alimentou-se, sentiu a ansiedade de ir pra corrida, de estar lá entre tantos, ser um, mas tornar-se vários corredores ao mesmo tempo.
Sei que muitas experiências poderiam ser colhidas no pré e pós prova. Colhi duas. Descansava quando um amigo - dou-me essa liberdade de chamá-lo assim, apesar de nunca tê-lo visto e nem ao menos o nome saber, mas ele correu na mesma prova que eu - pediu o celular emprestado, o importante que ali conversamos e trocamos mais que palavras e experiências ante imperdoável sol fizemos o compartilhar de energias, daquelas que enchem nosso peito de alegria em estar vivo, viver. Pouco mais tarde, já no ponto de ônibus, outro amigo chegou para pegar o mesmo ônibus que eu. Novamente duas formas vivas, autônomas, cheias de histórias e perguntas tornaram a corrida um ponto de encontro e compartilhar.
A prova em si. Muito calor. Antes mesmo de começar a correr, suava. Uma infinidade de amigos corriam, isso de fato incomoda no início, corre-se em zigue-zague, ainda mais em uma corrida tão popular. Tive dificuldade em todo o percurso. Enquanto milhares amigos corriam, um inimigo cruel torturava-me sem sombra de piedade e esse infeliz foi o sol.
Sei de meu problema com ele a tempos. Nunca nos demos muito bem, aliás é claro que muitos sofreram com ele. Seria desanimador, em caso de um pessimista, ter aumentado quase seis minutos entre a corrida da TVB e essa. Idiota aquele que pensa assim. E mesmo que a diferença fosse maior. Tolo. Nunca corri uma prova tal qual sob um sol. A prova anterior a temperatura era ideal e estava nublado. Nas anteriores, era noite. Além de tudo, durante a prova também tive de me vencer. Convenci diversas vezes de que teria de continuar. Logo na Rua Orozimbo Maia comecei nesse mantra e ele extendeu-se por todo o restante da corrida. Subidas, calor e até o primeiro gole de água (dessa vez refrescante) um desconforto no peito. Acho que minha má hidratação prévia em muito me atrapalhou.
Devo agradecer aos espectadores anônimos que também deram seu tempo para apoiar eu e e meus amigo, principalmente no final, a emoção dos aplausos e dos gritos - talvez pela descarga de adrenalina - fizeram dores e sofrimentos diminuirem. Obrigado!
Será então que perdi, por um a zero?
Pois é, parceiro, eu fui um dos que te deixaram na mão... me dei mal com o ônibus, pq tinha uma renca de gente indo fazer alguma prova lá perto e só consegui subir no 362 às 7h50. Desci correndo até a largada e me juntei à massa. Não consegui avistar o sr...
ResponderExcluirO calor realmente foi brabo, mas sustentei bravamente durante o percurso, caminhando apenas para tomar água. Porém, na altura da metade do oitavo quilômetro, uma pontada no joelho me fez desistir de terminar... dali, já desviei para o ponto de ônibus e o primeiro lugar onde encontrasse um isotônico à venda.
O tempo vinha sendo proporcional, acho que faria 1h05min!
Não percamos o ritmo... o que vem por aí?? na próxima, não falharei! Abraços e bom descanso!